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  • Writer's pictureGabriel Toueg

[5 temas] A voz da musa da Bossa Nova, que faria 75 anos esta semana

Toda semana aqui no blog agora vai ser assim: 5 músicas com um tema – qualquer tema. Pode ser um tema da semana ou da atualidade, pode ser algum gosto musical meu (ou seu, aceito sugestões!), pode ser uma voz que mereça destaque ou alguém que faz aniversário – de nascimento ou de morte. É o 5 temas.

Para começar, a musa da Bossa Nova, Nara Leão, que teria feito 75 anos ontem, quinta-feira, dia 19 de janeiro. A voz da menina tímida, mas politizada, marcou a Bossa Nova. Conta a Wikipedia:

Nara fazia reuniões no apartamento de seus pais, localizado no edifício Champ-Elysées, em frente ao posto 4, da Avenida Atlântica, em Copacabana, das quais participavam nomes que seriam consagrados no gênero, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli”.

Quem me lembrou do aniversário foi o Nexo Jornal, que publicou um gostoso podcast em que Murilo Roncolato entrevista o músico Roberto Menescal, amigo de Nara, e o professor de história Marcos Napolitano, da USP. É Murilo que lembra que a cantora “conquistou o Rio de Janeiro, foi o elemento que propiciou a formação do chamado ‘clubinho da bossa nova’ e se tornou a musa do gênero musical da zona sul carioca dos anos 1950”.

O primeiro tema é “O barquinho“, composto em parceria por Menescal e Boscoli. Além de Nara, a canção foi interpretada por Maysa, Elis Regina e João Gilberto (clique nos links para ouvir as versões ou ouça Nara no vídeo).

O segundo tema de Nara é “Berimbau“. Composta por Vinicius de Moraes e Baden Powell, essa canção com influência afro foi escrita em uma leva que resultou de um retiro. Conta Túlio Ceci Villaça: “Trancaram-se na casa de Vinícius por quase três meses e vinte caixas de uísque (!) e saíram de lá com cerca de 25 canções. A certo ponto, compuseram uma a partir das audições do LP baiano [‘Sambas de Roda e Candomblés da Bahia’]. Chamou-se ‘Berimbau’ e abriu a porteira para uma série de outras, que Vinicius batizou de ‘afro sambas'”.

Quem é homem de bem / Não trai O amor que lhe quer / Seu bem Quem diz muito que vai / Não vai Assim como não vai / Não vem

O terceiro tema é “Wave“, de 1967, na minha opinião uma das letras mais bonitas da Bossa Nova, em que Tom Jobim crava: “Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho”. Também chamada de “Vou te contar”, já foi interpretada por vários nomes, inclusive da música internacional, como Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Paul Desmond e Oscar Peterson.

Em 1966, no Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, Nara interpretou “A banda“, de Chico Buarque. Com a interpretação de Nara e Chico (um mais tímido que o outro), a música “ganhou o festival e o público brasileiro”, dividindo o prêmio com “Disparada”, de Geraldo Vandré e Théo de Barros e interpretada por Jair Rodrigues, em um empate que não foi bem esclarecido à época.

O quinto e último tema de hoje é “Diz que fui por aí“, composto em 1964. Zeca Pagodinho, que também gravou a canção, conta: “A vida de um boêmio que leva a vida com seu violão embaixo do braço, esse é o tema da canção ‘Diz que fui por aí'”.

Quer ouvir outras canções de Nara? O Google reúne várias. Até semana que vem! Se tiver sugestões para este espaço, basta deixar um comentário ou entrar em contato! Foto de capa: YouTube

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