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Writer's pictureGabriel Toueg

A geladeira e o fim do mundo

Já se vão quase cinco horas do fatídico vinte e um de dezembro de dois mil e doze, o dia em que, segundo alguns especialistas que culpam os maias, o mundo deveria acabar. Pelo que está parecendo, apesar das ameaças dos últimos dias, o mundo não vai acabar, não. O correspondente da Globo no Japão até entrou no Jornal da Globo para mostrar a Baía de Tóquio plácida no primeiro dia do inverno, que deveria ser o último dia do mundo as we know it… Não foi. Que droga!

Droga porque a minha geladeira, pelo que parece, chegou ao fim da sua trajetória, ela sim. Se o mundo tivesse respeitado as previsões maias e feito o favor de acabar, eu provavelmente não precisaria comprar uma geladeira nova, que é o que parece que vai acontecer nos próximos dias, a menos que eu decida viver como os maias, que provavelmente não tinham geladeiras…

Se pelo menos eu estivesse no Japão e em seu primeiro dia de inverno, não precisaria me preocupar com a comida, que vai estragando dentro da geladeira. O que acontece é que, se deixo os alimentos na geladeira, eles assam como se estivessem no forno, e ainda ficam com um cheiro bacanão de gás. Not funny.

Bom, restam ainda umas dezenove horas de esperança para que o mundo se acabe. Ninguém disse, afinal, a que horas do dia vinte e um os maias disseram que o mundo acabaria. Ou em que fuso horário, o que só torna a coisa mais confusa. Ou talvez tenham dito, mas eu não prestei atenção, sinceramente. Devem até ter dito e redito nos últimos dias, mas eu estava às voltas para saber se aquele cheiro era da comida estragando no meu congelador que não faz gelo ou se era o gás vazando, o que poderia ter mandado a casa pelos ares.

Ou mandado o mundo pelos ares, quem sabe?

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