O ano novo começou com a maior rebelião em um presídio brasileiro desde 1992, quando 111 presos foram mortos no Carandiru, em São Paulo, depois de uma ação policial criticada mas que não resultou em punições severas. Hoje, segunda-feira, 2 de janeiro, ao menos 60 detentos do maior presídio do Amazonas, em Manaus, foram mortos. O número de feridos não foi revelado ainda.
O mapa mostra os índices de encarceramento ao redor do mundo. Países em tons mais escuros têm mais de 551 presos por 100 mil habitantes, como é o caso dos EUA (que tem 2,2 milhões de detentos, dado de 2013) e da Rússia (com 640 mil, 2015). Os EUA encabeçam a lista de países com maior número absoluto de presos, seguido pela China, com 1,7 milhão (dado de 2014).
Em números absolutos, o Brasil aparece em quarto lugar, depois da Rússia, com 622,2 mil detentos (2014). E um detalhe: há 371,8 mil vagas. Entre os Estados brasileiros com maior população carcerária, SP lidera com 220 mil presos (e 132 mil vagas), seguido por MG (61,4 mil presos, 36,7 mil vagas) e RJ (40,3 mil presos, 28,1 mil vagas). Os dados são do
Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), de dezembro de 2014. O estudo revela:
Entre os detentos brasileiros, 40% são provisórios, ou seja, não tiveram condenação em primeiro grau de jurisdição. Sobre a natureza dos crimes pelos quais estavam presos, 28% dos detentos respondiam ou foram condenados por crime de tráfico de drogas, 25% por roubo, 13% por furto e 10% por homicídio.
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