A história de Chen Levy Gavillon, amiga minha de Israel, é a história de pelo menos outras 3 mil crianças apenas em Israel: durante a década de 1980, esse foi o número de brasileirinhos adotados por pais israelenses, muito devido à facilidade que existia no Brasil para acelerar o processo.
Como a novela “Salve Jorge”, da Rede Globo, mostra, muitas dessas adoções são ilegais, e ocorrem por baixo dos olhos da Justiça ou mesmo com a colaboração de juízes, que emitem ou apressam a papelada.
A personagem Aisha, vivida pela atriz Dani Moreno na novela, nasceu no Brasil e foi adotada por um casal de turcos (interpretados por Antonio Calloni e Zezé Polessa). Aisha busca informações sobre a mãe biológica.
Chen, que hoje, aos 27 anos, é mãe de uma menininha, vive em Kfar Saba, cidade tranquila na região de Tel Aviv. Eu já sabia da história dela, mas me emocionei ao vê-la, em prantos, dando seu depoimento em uma cena da novela. Daí, tive a ideia de escrever sobre seu caso específico de adoção, e a matéria foi publicada no caderno “Vida&” do jornal O Estado de S. Paulo: Israelense adotada no Brasil nos anos 1980 busca os pais biológicos.
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