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Writer's pictureGabriel Toueg

Quem assina?

Sou e sempre fui da opinião de que textos publicados na imprensa devem ser sempre assinados. Mesmo que isso vá contra as normas impostas por sindicatos burocratizados, como ocorreu durante a minha época na faculdade, no final dos anos 1990. Hoje, e até que a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para exercício de funções na imprensa volte (torçamos para que não aconteça), muitos jornais e revistas omitem a autoria dos textos ou usam assinaturas “genéricas” (como “Da redação”)…

Acho cruel ler textos em grandes veículos sem assinatura qualquer e saber que, por trás deles, está o trabalho – muitas vezes árduo – de estagiários ou de colaboradores em regime PJ – como forma adotada pelos veículos para driblar as normas estúpidas. Para mim, e estou certo de que muitos dividem essa opinião, a assinatura é o mais importante reconhecimento profissional pelo trabalho realizado pelos jornalistas, mais até que o pagamento (embora um, claro, não exclua o outro).

Todo texto trabalhado e autoral deve ser assinado, sem nenhuma exceção (a menos que o jornalista escolha assim, e isso acontece, em geral, por medo de represália pela sensibilidade do tema). Mais que isso, sou daqueles que defendem que todos os profissionais envolvidos na produção de uma reportagem devem ter esse reconhecimento explícito, com a menção de seus nomes e da função que exerceram. É assim em TV. Por que não é assim, como regra, em impresso e na internet?

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