Uma flor, quando aparece, se aparece (nem todas aparecem), é pequena, frágil, indefesa. Precisa de água, precisa de luz, precisa de cuidados constantes. Não cresce nem resiste sem ajuda e sem o suporte da solidez da terra, mais velha, mais sofrida, mais resistente. A terra é a base da flor, seu alimento, sua orientação.
Uma flor, quando cresce e desabrocha, se desabrocha (a maioria não desabrocha), é uma imensa revelação. É um festival de cores, de cheiros, uma explosão incontrolável de sensualidade. Um botão roseado e inocente, adormecido e com aspecto sonolento, aparece e encanta, rouba olhares, desponta na multidão.
Deixa de ser apenas uma flor, entre tantas outras.
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