Quando vemos os inúmeros vídeos e fotografias de massas de gente na praça Tahrir, no Cairo, e as comemorações intensas pela queda do presidente egípcio Mohamed Mursi, vítima de um golpe de Estado orquestrado entre os militares e a oposição política, vemos apenas uma imagem geral, com a qual muita gente tende a simpatizar, especialmente após duas semanas de manifestações no Brasil. A coleção preparada pelo jornalista José Antonio Lima, da CartaCapital, mostra alguns aspectos violentos e muitas vezes ignorados do conflito nas ruas, entre militares e apoiadores da Irmandade Muçulmana, partido de Mursi. Os vídeos têm imagens chocantes, algumas com violência extrema. Como o colega ressalta no post, não é possível verificar a autenticidade dos vídeos. Outro importante aspecto, apesar de cruel, é também bastante ignorado: o estupro de mulheres na praça, em meio às manifestações. Na noite em que Mursi foi retirado do poder, mais de 80 mulheres foram vítimas de estupros. A matéria do Guardian mostra que algumas preferem ter guarda-costas. O jornal preparou ainda um mapa com os locais de estupros registrados.
Todos os vídeos abaixo foram coletados na internet nos últimos dias. Eles mostram algumas cenas fortes, às vezes de extrema violência. Não é possível verificar a autenticidade de nenhum deles, mas todos foram postados após os confrontos recentes no Egito, entre grupos favoráveis à derrubada do ex-presidente Mohamed Morsi e apoiadores do movimento liderado pelos militares.
A intenção de exibir esses vídeos não é chocar. É mostrar como se tornou profunda a violência entre cidadãos egípcios e, em parte, revelar a atuação das Forças Armadas, que varia entre a negligência total e a violência extrema.
Cabe lembrar que os líderes políticos dos dois lados insistem, no momento da publicação deste post, para que seus seguidores permaneçam nas ruas.
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