Este post é descaradamente inspirado (ahan, inspirado, ele diz) em um post da minha querida amiga e musa das letras Sabrina Abreu. Ela é crente. Eu, judeu. Por ser crente – acreditem – ela ouve barbaridades. Eu, por ser judeu, não menos. Então, vamos às coisas que eu ouço quando faço ao mundo a revelação das tábuas da lei:
— Eu sou judeu. — Mas você não é brasileiro?
— Eu sou judeu. — Me leva um dia na sua sinagoga? (Levo, mas eu não frequento nenhuma sinagoga atualmente)
— Eu sou judeu. — Ah, você nasceu em Israel? (Não, nasci no Brasil, mesmo. Como você)
— Meu pai nasceu no Egito. — Mas você não disse que é judeu?
— Eu sou judeu árabe. — Cumequié? É, pois é.
— Eu sou judeu. — Mas você parece normal. Nem tem aquelas trancinhas! (É, não tenho. São “peyot”, e só os ortodoxos têm. Eu pareço ortodoxo?!)
— Eu quero pizza com presunto e bacon. — Mas você não é judeu? (Sou. Eu gosto de confundir as pessoas, mesmo)
— Minha mãe não é judia. — Ah, então você não é judeu! (Se você está dizendo, quem sou eu pra questionar?!)
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