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  • Writer's pictureGabriel Toueg

Gal Costa, potente cantora brasileira (1945 – 2022)

Updated: Jan 24

Gal nos deixou. A essa altura, a notícia já é velha, o Brasil todo já chora sua partida. Mas eu, que cresci ouvindo essa potência da música brasileira, que aprendi a nossa maravilhosa língua portuguesa ouvindo vozes como a dela, quero fazer uma singela homenagem.


Lembro da interpretação dela, com Caetano, de uma canção de Jorge Ben, Que Pena (Mas eu não vou chorar/ Eu vou é cantar). Que pena, Gal.


Foto: Arquivo Nacional/ Fundo Correio da Manhã

Nossos ídolos estão indo embora. Que pena.


Gal Costa (26.set.1945 – 9.nov.2022) era imensa. Começou no Doces Bárbaros, grupo formado com os igualmente gigantes Gil, Caetano e Bethânia. Não pararia mais.


Ela desafiou a ditadura em 1971, quando outras vozes estavam no autoexílio, com o disco Gal Fa-Tal. Era dona de seu corpo e transgredia a sociedade quadrada da época (parece que pouca coisa mudou na sociedade).


Três anos depois, a foto que você vê à direita estava encartada no álbum Nenhuma dor.


A dor hoje é imensa, toda a dor.


Gal compôs ou interpretou canções que até hoje, mesmo décadas depois, seguem ecoando entre os brasileiros.


São músicas potentes, símbolos e heranças de um Brasil que precisou lutar para sobreviver a um período sombrio. Lembro-me de três, agora, de um fôlego só:


  1. Vapor barato (Oh, sim, eu estou tão cansado/ Mas não pra dizer/ Que eu 'to indo embora/ Talvez eu volte/ Um dia eu volto);

  2. Divino maravilhoso (Atenção/ Tudo é perigoso/ Tudo é divino maravilhoso)

  3. Vaca profana (Respeito muito minhas lágrimas/ Mas ainda mais minha risada)

Gal era tão potente quanto as letras dessas canções — e de muitas outras. Por isso elas são entoadas ainda e sempre serão. Gal hoje recebe homenagens de todo o Brasil. São tão merecidas quanto os prêmios que sua potente voz mereceu e levou na carreira: um Grammy Latino em 2011, pelo conjunto da obra (e outras 5 indicações), melhor cantora pop/rock/reggae/hip-hop/funk em 2016 no Prêmio da Música Brasileira e, pelo Troféu Imprensa, melhor cantora (1969, 1970, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986, 1987, 1994), melhor revelação feminina (1969), melhor música (Chuva de Prata, 1985, Um Dia de Domingo, 1986).


E não para por aí.


Gal é passado, presente, futuro. Para quem não teve a chance de conhecer suas canções, meu conselho é: faça isso.


Gal é imortal. Vá com luz.

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