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Writer's pictureGabriel Toueg

A ousadia que só o 'JT' teve está contada em livro nostálgico

Updated: Jan 25

Li recentemente o excelente livro “Jornal da Tarde: Uma ousadia que reinventou a imprensa brasileira”, do colega Ferdinando Casagrande, sobre a trajetória do JT. Leitura gostosa, fluída, dinâmica. Fala de paixão, de mergulho no ofício, de combate à censura, de criatividade e ousadia para driblar as dificuldades e contar boas histórias.


Como leitor e, anos mais tarde, trabalhando na "redação vizinha", a do portal do Estadão, o jornal sempre me chamou a atenção. A história do JT, que “criou o jornalismo de serviço como conhecemos hoje e foi pioneiro ao abrir espaço para a publicação de cartas e comentários de leitores”, é em grande parte a história da nossa imprensa: feita com paixão, com suor e com inovação – mas com um triste fim.


Capa da última edição do JT (Reprodução)

Eu estava lá, ao lado de dezenas de outros colegas, que ficaram de pé para aplaudir, durante longos minutos, a equipe dos 42 que fecharam a última edição do JT. Lembro com carinho e nostalgia daquele momento (e me emocionei de verdade ao ler o relato feito por Casagrande). Aliás, se alguém tiver esse vídeo e puder compartilhar, publicarei aqui.


Mal sabia que eu e outros tantos jornalistas - editores e estagiários - da equipe do Estadão.com.br seríamos demitidos no passaralho seguinte, menos de dois meses depois do fim do JT.


É triste e grave a crise pela qual passa nossa imprensa.


Mas já tivemos momentos de ouro e de paixão. O livro conta vários desses momentos e precisa ser lido por quem, como eu, ama essa profissão.


Tive a sorte de conhecer pessoalmente alguns dos colegas que aparecem no livro, e de ter ouvido deles inúmeras histórias daqueles tempos de JT e daqueles tempos de jornalismo.

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