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Writer's pictureGabriel Toueg

Albertina Martínez Burgos, jornalista chilena (1981–2019)

Updated: Jan 24

Essa jovem fotojornalista e ativista chilena foi encontrada morta ontem no apartamento em que vivia sozinha, em Santiago, Chile. Albertina Martínez Burgos (14.mar.1981 – 21.nov.2019) tinha 38 anos e vinha registrando casos de violência contra mulheres nas manifestações realizadas no país desde o mês passado.


Segundo a imprensa local, o Ministério Público chileno trabalha com a hipótese de homicídio. Coletivos feministas pedem uma investigação independente do caso. Segundo a Coalition For Women In Journalism, Albertina é a sexta jornalista morta no país só este ano, em meio à onda de violência e de repressão que tomou as ruas do Chile.


Ao que parece, desapareceram do apartamento os equipamentos de Albertina, como câmeras e notebook, bem como seus documentos e as fotos que ela havia registrado de casos de violência contra mulheres nas manifestações por parte das autoridades. Havia, diz a imprensa chilena, sinais de luta e de sangue em vários pontos do local.


Esse e tantos outros crimes que estão assolando o Chile, cometidos por um aparato militar com apoio do governo, devem ser urgentemente apurados e devidamente punidos. A voz de comunicadores e de manifestantes não pode ser calada. Vale lembrar que o flerte do governo brasileiro com essa repressão violenta e despedida vista e fartamente documentada em muitos casos preocupa sobremaneira.


Todo o meu apoio e força aos amigos e colegas chilenos. Vocês não estão sozinhos. Somos um só e, como já dissemos, no Brasil, no ano passado, “ninguém solta a mão de ninguém”. Nadie le suelta la mano a nadie.


Versão editada e ampliada de texto publicado originalmente no Instagram. Foto de capa: The Coalition For Women In Journalism

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