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Writer's pictureGabriel Toueg

PARA LER: Guila Flint e a cobertura de Lula em Israel

O texto é bem antigo, de junho de 2010, mas a análise que a jornalista Guila Flint faz sobre a cobertura da imprensa brasileira no Oriente Médio é interessante e atual. Foi publicado no blog do Luis Nassif: A cobertura de Lula em Israel. Aos que não sabem, Guila é uma profissional excelente, e uma das que cobrem Israel há mais tempo – conhece os dois lados como poucos. Cobrimos juntos a visita do Lula à qual o Nassif se refere no blog.

Guila Flint

Diz Guila, mencionada pelo Nassif: “Em todos os grandes jornais estrangeiros se percebe uma imensa aposta no Brasil, nas mudanças que estão ocorrendo. Agora mesmo, em visita ao Brasil, percebi diferenças enormes. Mas pelos grandes jornais, parece que o país está indo para trás”.  Vale a leitura na íntegra. De fato, na ocasião da visita, o Haaretz, um dos mais importantes diários de Israel, dedicou cinco páginas ao presidente, que chamou de “profeta do diálogo” – nas edições em inglês e em hebraico.

Também vale a leitura dos dois livros publicados pela jornalista, retratos fieis (embora nada otimistas – e por isso tão fieis) do conflito que ela cobre há tanto tempo. O primeiro é “Israel, terra em transe: democracia ou teocracia?”, em que reuniu, em parceria com a socióloga Bila Sorj, entrevistas com importantes personalidades do país tratando de um dos temas mais espinhosos na sociedade: a religião. O segundo, “Miragem de paz: Israel e Palestina – processos e retrocessos”, é também uma coleção, mas de textos dela mesma publicados na imprensa brasileira, em que narra as ondas cíclicas do conflito.

Acrescento uma última sugestão: Mila Chaseliov, a “Dona Sara” do site Conexão Israel, publicou uma adaptação de uma entrevista feita com a Guila para seu mestrado no Departamento de Estudos Românicos e Latino-Americanos da Universidade Hebraica de Jerusalém: Israel além da Hasbará. Na entrevista, ela dá uma dica aos colegas ao falar de sua rotina como correspondente:

“O trabalho requer muita leitura, muitas conversas com especialistas de todos os tipos, ouvir as posições diversas sobre o mesmo tema. E, de preferência, ir ao local do acontecimento. O jornalista deve saber detalhes. Do fato todos têm conhecimento imediatamente, mas o jornalista tem de ter conhecimento das informações detalhadas”.
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